quarta-feira, 26 de maio de 2010

Silhueta...


Sei que amanhã, ao olhar as nuvens despedaçando a linha do horizonte dobrarei a esquina do sonho e, do breve murmúrio do desejo com que desenho na pele a silhueta do teu nome farei morada do suspiro e de vertigens de magma… Depois, sempre que os teus gritos de fome devorarem no espaço as barreiras do silêncio, na concha das mãos, como quem acolhe o possível voar além, deixarei nidificar penas brancas, o luar e o eco da brisa que ao adormecer me afaga os segredos que na língua te reservo, e a origem das salivas geminadas… Mas hoje, nada mais sou do que o fumo das chamas donde me chamas…

PBC

Sem comentários:

Enviar um comentário