terça-feira, 15 de março de 2011

Desnorteando o eco...

Sucumbir ao silêncio, achando nas palavras meramente o precipício onde falecer com elas, como se, alcançar alguma que seja, nada mais que a um estéril lugar conduzisse o inaudível grito com que na língua, já lava, escarafuncho o teu nome.

E chamo-te, chamo-te desnorteando o eco, como se todos os poemas tolos que invento sem os verbalizar se tornassem sublimes no simples ensejo de pretende-los nascidos pela voracidade dum beijo, que fumigue as vagas certezas da distância – brado atravessando o pensamento sem atalhos e a eito à sofreguidão das esperas maiores, essas que me certificam que do suspiro se faz a cal com que branquear a delonga dum abraço e o lancetar das chagas do anseio; se não vens, se me dizes Ser Bandida Sonhando Beijar-me até que nada na Paixão Seja Banal…

PBC