quinta-feira, 30 de maio de 2013

Depois não digam que não avisei.

                                                                          Foto: DR



Acho; o que é que querem? Acho mesmo completamente imoral, uma sem vergonhice, a lei permitir esses casamentos que há para aí entre pessoas que não são virgens. Sabe-se lá onde andaram aquelas bocas e as doenças que apanharam e os pensamentos pecaminosos que levam para o conúbio. É como os matrimónios entre altos e baixos, gordos e magros, feios e bonitos; enfim; uma pouca vergonha. A mim amedronta-me o facto de saber que um dia a minha filha pode vir a gostar dum gordo. E eu, como é que fico no meio disso tudo? Sim, eu que sou magro, esbelto como um pau de bambu. E os gordos não são assim, não sabem nada sobre bambu nem têm a minha delicadeza. Ainda no outro dia, estava eu a tomar um chá na esplanada e um sujeitinho baixo, daqueles com umas favolas de rato, aos pulos, tentava chegar aos beiços da moça com quem estava;  linda de morrer por sinal; sem o conseguir. Foi preciso a rapariga baixar-se para que se conseguissem oscular. Um coisa dantesca, imoral diria mesmo. Uma perfeita ofensa aos olhos de quem passava e acima de tudo à estética pública. Não está certo. Um feio baixo a beijocar uma alta bonita. É como o casamento entre ricos e pobres. Essa também é outra. Se isso tem algum cabimento. Um rapaz de boas famílias a casar-se, por exemplo, com a boasuda da filha do jardineiro da câmara municipal. Não pode. Não pode! É contra a natureza. Então e as brancas que agora também deram em casar com pretos? Pior ainda, pretos com brancas. Uma moça de Braga casada com um tipo do Burquina Faso. Acreditam? Está tudo doido. Nada é como dantes. Deixou de haver respeito, e moral! Já viram, as crianças que nascerem daquela indecência, que não tiveram escolha nenhuma, vão sair assim como que nem uma coisas nem outra; percebem? Realmente. Mais grave ainda, nunca vão saber se a educação delas é preta ou branca. E depois se só aprenderem os assuntos de preto? Já viram? Certamente ficam umas verdadeiras boçais, sem modos nenhuns, e na escola o que se vai passar é que vão levar as outras a aprenderem a comer aquelas comidas imundas que eles costumam comer com as mãos. Realmente é uma coisa sem pés nem cabeça. Não sei como é que se permite. Por este andar o mundo e a ordem natural da coisas, quer dizer, desaparece; não é? E eu? Então e eu que até sou uma pessoas de princípios, tenho que viver no meio de tanta impureza sem que se faça nada? Quer dizer, um dia destes tenho a minha filha a dizer-me que se casará com um baixinho do Botão. Estamos perdidos. Mas pior pior é aquela gente estéril que celebra bodas com elas vestidas de branco. Não podendo ter filhos porque é que ninguém faz nada e os governantes permitem tamanha obscenidade?, se o que elas querem é só fornicar. Fornicar! Enfim, uma infâmia. Não tarda nada até os padres casam com as madres? Já faltou mais para pessoas casarem com cavalos, e porcos e cães. Esses sim é que andam para aí a fornicarem-se por tudo quanto é esquina. Por exemplo, ali os meus vizinhos, que já são velhos, eu sei que eles fornicam. A sério, fornicam, vejam lá. Não devia ser consentido. Para mim, apesar de ainda continuarem aptas para fazerem aquilo, a partir do momento em que as pessoas deixam de poder conceber vida a lei devia obriga-las a separarem-se logo, para não acontecer o mesmo que acontece com os meus vizinhos. A velha não sei como é que é mas o velho, bem, ainda está ali firme e hirto, e se continuar tão debochado como é e a estafada da mulher não lhe conseguir sossegar o facho, um dia destes a neta entra lá em casa e o devasso salta-lhe para cima. Depois é que vão ser elas. Só nessa altura é que me vão dar razão. No fim não digam que não avisei. O próprio Deus deveria ser punido. Quer-se dizer: Por um lado dizem para aí à boca cheia que o valor da vida é inestimável mas por outro, um dia nascem duas mil crianças na china e, dois meses depois; contam esses modernista, e eu não acredito; uma bactéria espirra em Marte, vem um tsunami e as coitadinhas das crianças morrem todas. A lei devia punir os culpados. Para mim a culpa é do altíssimo. É uma pouca vergonha. Eu não sei. Com tanta libertinagem assim onde isto tudo vai parar? Alguém me diz? Depois não digam que não avisei. 

PBC

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Bostada VIP


Não sei porquê mas, cheira-me que, no sentido de elevar ainda mais o conceito de VIP a Verdadeira Inépcia Portuguesa, porque há falta de melhor é sabido o povinho gostar e papar, e uma vez que nos canais generalistas, por sugestão do Passos Coelho, a imaginação emigrou com a Esperança lá para vê lá se o coiso do departamento a encontra, a RTP, convicta de que assim passará a liderar a guerra de audiências prepara-se para lançar o “Bostada VIP”, um programa que pretende combater tanto o “Big Brother VIP” como o “Splash VIP”. Este projecto insere-se num conceito televisivo nunca visto, conceito este verdadeiramente inovador no referente ao entretimento, à captação publicitária e à geração de audiências. Trata-se de um reality show no qual, munidos de papel higiénico esburacado a orlar-lhes o pulso os mesmos VIP’s que estão em todas - como é o caso do meu amigo Sharandou -, convidados a receberem o habitual cachet se dispõem a revelar os seus entre folhos e a, com quanta pujança tiverem, cagarem para uma sanita transparente onde uma câmara no fundo capta o acto de defecar, a cor e a forma da bosta. Diga-se que os ditos entre folhos, neste programa, embora surjam em evidencia são secundários uma vez que já surgem em destaque nos da concorrência, motivo pelo qual as revistas, acredita-se, pouca ou nenhuma atenção lhe concederá. E assim não sendo, por consequência, o espectador, conformemente, também não. Em detrimento dos seus cagueiros esta será também uma maneira profícua de elevar a bosta VIP a rainha dos ecrãs.

Leia-se igualmente que, no âmbito da comunicação social, o “Bostada VIP” será uma pedra no charco e um verdadeiro fenómeno de sucesso no tocante à manutenção dos bons níveis de marketing nas redundantes e definhadas economias de escala dos grupos de media portugueses, esses que, se por um lado optimizam assim recursos e minimizam custos, por outro, bem, aqui, digo eu de que: VIP – Vão Impludir Porra. E aos lucros que emigraram com a imaginação nem as cagadelas VIP’s lhes valerão. Já nem falo nos conceitos editoriais a girarem sobre si mesmos e; bem...

Mas não há crise que, depois de uma sumária análise de benchmarking a toda esta situação passo imediatamente a dizer como fazer para se conseguir melhorar a coisa: Sabem como? Pois, tinham que me pagar, e muito, que de trampa e de enriquecer os outros estou eu farto.

PBC