quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Menino



Hoje encontrei um menino que, mal se distinguindo na expressão tratar-se dum ancião ou dum recém nascido, carregava no olhar tanto de sábio como de frágil. Era um menino de olhos profundos, doces, sorridentes, compassivos, malandros e implacáveis e, como quem as atirava ao ar, em cada mão brincava com uma bola invisível de cristal. De todas as vezes que alguma delas descia e lhe tocava os dedos ficava sério e circunspecto, sorrindo, e sempre que as fazia elevarem-se maravilhava-se. Quando o abordei, dizendo-lhe não compreender o porquê de ficar assim tão sério sempre que o que eu não via me parecia tocar-lhe nas mãos, e se, estando ali daquela maneira a atirar ao nada coisa nenhuma não se importava com o juízo alheio, olhou-me amorosamente e, sorrindo, disse-me: - Sabes, pouco me importo com o que pensem ou que não me entendam. A importar-me seria com o facto de os que o fizerem não se entenderem a eles mesmos, nem à vida, nem entre iguais. Depois, iluminando ainda mais o sorriso, estendendo-me uma das bolas, prosseguiu: - Queres ver? Olha, toma, experimenta tu. Não lhe vendo nada nas mãos, por mera simpatia aparentei agarrar o que me entregou mas, ao tomar-lhe o peso, vacilei. Era tão pesado que de imediato o largue. Tentei reerguer a suposta bola mas ela mal se mexeu. O menino, consternado, dando uma luminosa gargalhada, continuou: - Percebes agora não percebes? Confesso ter continuado sem perceber grande coisa. E ele, intuindo-o, com quanta ternura lhe saiu na voz, rematou: - Percebo-te. Agora, o que não calculo é se entenderás tu que se não fosse este espírito de missão, amor e imensa paciência para vos aturar, eu regressava era para aquele futuro distante, onde não existem dinossauros. 

PBC

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Que todas as escolhas, por criarem causas, têm uma consequência.



Pequenino, intimamente ligado à Terra e fazendo parte integrante da sua estrutura molecular, o ser humano não é nem nunca foi o problema. Pelo contrario, na sua evolução com a terra é e sempre foi a solução, mesmo quando, não parecendo, pela ignorância e estupidez perpetra o que a si mesmo inflige, tal como aos demais e ao ambiente. Ainda que mal o entendamos, isto não é mais do que o fazer cumprir uma vontade e necessidade energética do planeta, apreendida do que dele brota e consumimos (porque depois, a acção, o gesto e o pensamento geram uma determinada carga energética). Muitas vezes pensamos existir culpa nas nossas acções e pensamentos mas, se por um lado, o homem não tem culpa nem é responsável de ser em concordância com as suas características pessoais e colectivas, por outro lado, já que as nossas especificidades pessoais não são uma fatalidade, por memorizarmos e aprendermos, também, dotado duma consciência dinâmica e residual que lhe permite transformar-se, o homem é igualmente responsável por se mudar, não só em benefício próprio como, analogamente, em beneficio dessa mesma consciência. De facto, o homem, é quem é em conformidade com o que lhe é exigido pelo planeta. Daí que, até o maior filho da puta, porque se limita a cumprir o seu papel, não o sendo para nós de fácil aceitação nem de fácil entendimento ou prática, merece ser alvo de amor, compreensão e perdão. Porque na sua ligação à Terra só faz por cumprir o que esta lhe exige. Contudo, porque na sua evolução conjunta – Terra v homem – a consciência humana aumenta na mesma proporção quântica da do planeta, isso também lhe dá sentimentos de equidade, equilíbrio e desequilíbrio que se apossam do seu estado mental, físico e emocional, facto pelo qual, a esses níveis, também a sua saúde será concordante com a e com a da dinâmica planetária. Por estas razões, embora não parecendo, sem se aperceber desta dialéctica energética operando ao nível de todas os fenómenos presidindo-nos bem como à relação estabelecida com as coisas interligadas entre si e ao cimo do planeta, o homem começa agora a tornar-se um ser cada vez mais amoroso. E é nesse sentido que ninguém é melhor do que ninguém e só faz o que tem para fazer em consonância com uma consciência planetária e cósmica à qual o homem não é alheio nem imune. Grande na proporção energética deste canto do universo, mas não assim tão grande na dimensão para se dar à arrogância e ao luxo de se considerar livre dos fenómenos que a tudo afectam, e dos quais, na maior parte das vezes não temos consciência, ainda que não sabendo quem é e por isso tenda a julgar ou atacar congéneres, o homem só é o que ditam as condições energéticas duma consciência pluri-partida interna e externa a ele. A ignorância do facto tem-nos impossibilitado de fazermos melhor, o que é normal, já que a evolução geológica, energética e biológica do próprio planeta, sendo lenta, só abre a consciência humana ao mesmo ritmo do da sua. Se repararmos, ainda não há muito tempo o que por cá havia eram explosões sulfurosas e depois dinossauros a comerem-se muito mais violentamente uns aos outros do que se digladiam os homens entre si. Comparado com isso, o homem, na sua estupidez e animalidade, não é nada. Porque o humano é e sempre foi a solução. Por isso digo-vos que a ignorância ou alheamento desse facto também só pode ser alvo de compaixão e amor. Porque quer o aceitemos quer não, estamos todos ligados uns aos outros, ao meio, ao planeta, e daí por diante. Nesse aspecto, conflituar com os demais e com a envolvente não é mais do que conflituarmos connosco. O resto, é só uma questão de consciência pessoal sujeita ao livre arbítrio da escolha individual, escolha essa sempre com impacto na consciência colectiva, numa dialéctica de permuta. Que todas as escolhas, por criarem causas, têm uma consequência.

PBC 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

...a partir de 21 – 12 – 12, uma era de milhares de anos em que a necessidade da Terra se afirma como sendo o amor......


Estarmos em paz connosco e com o mundo é essencial. Se não nos soubermos perdoar nem aos demais, como comummente sabido, acabamos a viver no ressentimento, na culpa e na raiva, contribuindo assim para um estado de tensão e desbalanceamento do corpo, mente e envolvente, que conduz à doença pessoal e do meio. Tentarmo-nos abstrair do perdão e enveredarmos pelo cinismo ou cingirmo-nos a fingir nada se passar que justifique a humildade do perdão não faz mais do que simular uma paz podre e não é solução, por acabar a corroer-nos a nós também. Por vezes, para perdoarmos temos que desocultar, olhar de frente e confrontar o motivo do ressentimento. Dizer a verdade com intenção de esclarecer factos ou sentimentos, porque embora podendo doer-nos ou podendo fazer doer também é um acto de compaixão, faz analogamente avançar para o perdão, para paz e para o amor. A boa notícia é que o perdão, embora de difícil prática, está ao alcance dos determinados em crescer e proporcionar crescimento. A má notícia é que não basta determinar mas também agir em conformidade, o que, para o medo e orgulho que nos compõem, pode parecer um empreendimento à partida perdido e, por isso mesmo, desnecessário. No velho mundo, onde o olhar para dentro em juízo de valores pouca expressão tinha, porque a relação entre causas e consequências se fazia manifestar mais lentamente, as nossas palavras, pensamentos e acções não obtinham uma resposta tão imediata que nos fizesse agir em conformidade com as nossas próprias necessidades de estabilidade sentimental, mental e física e, embora no mais profundo dos nossos seres soubéssemos não ser assim, energeticamente, esse mundo estava desenhado para nos podermos dar ao luxo de achar o contrario, permitindo-nos assim mandar o medo e a arrogância para trás das costas ou colocá-los à frente dos nosso propósitos, como se daí, em última instancia, não adviessem consequências físicas e mentais para nós mesmos. Esta é uma ilusão que começa agora a desvanecer-se. Senão, vejamos a crescente proliferação de grupos e movimentos espiritualistas, humanistas, ecologistas, de solidariedade, as medicinas alternativas e até a crescente investigação por parte das ciências exactas visando obter redenção, conciliação e, quer interna quer externa, salvação individual e para o planeta. Não ocasionais estes factos. Tal transcorre de informação transmitida pela terra ao nosso ADN, informação essa captada através dos alimentos e do meio ambiente e decorre duma necessidade planetária. De facto, o homem, até aqui tem considerado ter mais poder para acabar com a Terra do que tem querido saber que, o planeta, tem mais poder para acabar com ele do que o que imagina. E se até aqui, inconscientemente, a filosofia reinante assim tem feito parecer, daqui para a frente e a partir desta fase que se inicia agora passará a ser o contrario. Remontando à história da Terra, lembremos que ela já viveu muito pior do que a raça humana. Não parecendo, porque vivemos a dor de o sermos, o homem tem sido dos menores problemas para a terra até aqui, e assim continuará a ser até que ela mesma, em função de necessidades macro planetárias e cósmicas, decida o contrário. Ainda que nos alheemos deste facto, a nossa existência não é alheia nem indissociável da existência do planeta. A vida não se trata de ser “as nossas necessidades”, como nos é comum pensar, mas sim, para quem nela habita, trata-se de serem as necessidades da terra, que dela as partilha connosco. Estamos intimamente ligados à sua composição e estrutura morfológica e energética de formas tão profundas que acaba a ser ela a ditar-nos as suas necessidades, aqui e no caso do perdão, advenientes do que em seu benefício produz a reconciliação dos homens consigo mesmos e com o ambiente. Daí o estar agora a reclamar o perdão como força geradora de uma energia da qual carece e, ao dar-nos o sentimento de dele carecermos também leva-nos a fazer por lha conceder. Evitá-lo, é ditarmos a velocidade com que o planeta se encarregará de correr connosco, nas várias formas por ele disponíveis: De doenças a catástrofes e guerras. Que ele fica e continuará, com ou sem humanos, e atraindo sempre o que lhe beneficie e sacie as necessidades. E o amor e o perdão, não tenhamos dúvidas, por hora começa a ser o mais reclamado. Quer brinquemos ou não com o facto ou dele duvidemos, inicia-se agora, a partir de 21 – 12 – 12, uma era de milhares de anos em que a necessidade da Terra se afirma como sendo essa, a de uma terra limpa na qual o amor passe lentamente a tomar posse e a governar o que ao cimo dela se passa. Para nos podermos abstrairmos e desresponsabilizarmos podemos até pensar não virmos a viver nela o tempo suficiente para constatar a mudança - já que no tempo do universo tudo acontece lentamente -, por termos meramente como referencias o crescente número e grandeza de desgraças, injustiças, doenças e loucura reinante, mas ao fazê-lo, porque estamos a negar aos futuros e ao próprio planeta um legado positivo que ele mesmo exige, inconscientemente, acabamos igualmente a angariar para nós mesmos a culpa e o ressentimento, que se não perdoados conscientemente conduzem à doença. Estes são factores que de agora em diante passam a imperar com mais evidencia nas vidas pessoais e colectivas, num ritmo cada vez mais rápido e na mesma proporção em que as desgraças ocorrem. Podemos até pensar que os que assim pensam e fazem recair sobre crenças além do material a sua atitude perante a vida fazem-no por necessidade de acreditar em algo alheio ao homem somente por mera evasão e alheamento da realidade. Por fraqueza dirão alguns. Como se o homem fosse o centro do universo. Mas se repararmos, termo-lo feito debilmente ou mesmo não feito de todo, até agora, também tem conduzido à situação actual em que se vive cá nesta nossa terra. Também é fácil pensarmos tal como, como se costuma dizer, conquanto não nos caia em cima da cabeça ou enquanto não acontecer não haverá necessidade de refreamos o ímpeto de pensarmos sermos imunes às causas que plantamos. Porém, pode tardar mas, dita a lei da vida, que tarde ou cedo chega, sempre. Podemos ainda pensar que os moldes nos quais assenta a sociedade capitalista e tecnológica - que no âmbito da tecnologia nunca será válida se não for acompanhada do principio da reconciliação do homem com ele mesmo e com a natureza – serão o meio de manter as coisas e os propósitos da nossa existência humana, mas avaliando o que se manifesta na realidade mundial do momento, percebemos igualmente que o planeta nos está a dar sinais e a comunicar que a acção humana, nos moldes actuais, está falida e não cumpre os requisitos por ele exigidos e, por consequência, do homem, necessitando doutra acção e doutro tipo de pensamento e troca de sentimentos entre humanos. Por isso os crescentes sentimentos de empatia que, a par dos de revolta, surgem por todo o lado, porque essa necessidade de reconciliação individual e colectiva, em manifestação de amor, faz o planeta sossegar-se também. Daí a necessidade de atender ao perdão que, sem necessidade de interpretações transcendentes, espiritualistas ou teológicas, no limite, leva a uma melhor saúde e, em recurso complementar com as tecnologias limpas, a uma maior longevidade.

Se por um lado, o não obtermos resposta imediata para as nossa acções nos levava à rebeldia e à descrença no homem como um ser destinado a auto-prover-se com equidade - sermos melhores -, por outro lado também levava-nos a não sentirmos necessidade de empenhamento na resolução dos nossos próprios males mais alargados bem como dos do que nos rodeia. Mas o novo mundo, desta era que agora se inicia, não contempla o alheamento destes factos, sem que a factura a pagar não seja mais imediata nas nossas vidas e na do planeta. E ele rapidamente cobra. O darmo-nos ao luxo de ficar presos ao nosso orgulho, fazendo-o transcorrer ao lado do perdão, passa assim a ter consequências imediatas ao nível da doença no seu âmbito mais alargado. Tal com na cura, ocorre o oposto. De qualquer forma, cada um enquanto individuo é livre de se tratar e tratar em volta como mais lhe for conveniente e possível à sua própria evolução e momento existencial. Nenhum Deus o julgará. O juízo proceder-se-á dentre o homem e si mesmo e entre a terra e o homem. E por aí adiante até ao cosmos do qual, como partícula mínima sujeita à sua influencia, também fazemos parte. :-)

PBC

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Porque já desci ao inferno e dei-me a desvendar o céu...

Sei ter nascido para uma vida plena que me permita demarcar o trigo do joio, não por ser ou para ser pejada de aparências e encerrada em bolha de caprichos mas porque, nas várias vertentes possíveis, concluindo com rara distinção formatura superior em fantasia descobri-a conduzir-me tão-só à ilusão. Porque já vivi em palácios que me pareceram barracas e dormi em barracas que me pareceram castelos, deslindando por fim como melhor tecto as estrelas. Porque já tive tudo e acabei sem nada. Porque já comecei do nada e acabei a ter mais do que carecia. Porque já desci ao inferno e dei-me a desvendar o céu. Porque já exigi o céu cedendo por troca o inferno e já me senti no paraíso estando só no inferno. Porque já quis estar de bem com Deus e com o diabo mas sem me ter feito valer. Porque já defrontei a cura do corpo na redenção da alma e a ruína da alma na pesquisa do corpo. Porque já vi homens perdidos na busca de tudo e outros encontrando por nada buscarem. Porque já comi sutras e evangelhos só para logo concluir a inexistência de doutrinas além do amor e da paz e que homens pervertem-nas e corrompem-nas a ambas. Porque dormindo já encontrei a raiz duma razão e acordado já perdi toda a razão. Porque já vi estruturas tidas como inabaláveis serem quebradas e darem lugar a novos edifícios. Porque já encontrei doutores que não sabiam nada e auto-didactas que sabiam bastante. Porque já vi privilegiados mal fadados e vagabundos felizes. Porque já vi ter tudo não tendo nada e ter nada desfrutando de tudo. Porque já achei livros e palavras dizendo peva e folhas em branco que diziam mais. Porque já vi burros carregados de livros e asnos deturpando-lhes o carrego. Porque já tive mulheres que não amei, fui tido por outras que nunca me amaram e amei algumas que nunca tive. Porque já amei sem estar perto e já afastei para não odiar. Porque já vi a arrogância ser-me vencida pela simplicidade e a simplicidade ganhar ímpetos de petulância. Porque já vi sábios andando a pé e broncos sentados em limusinas. Porque já encontrei música no silêncio e silêncio na música. Porque já vi homens de bem e bens que nunca fizeram homens. Porque já recebi honrarias por ninharias e tive ninharias por troca da honradez, percebendo na honra um paliativo para a fraqueza. Porque já quis ser forte na desonra e fui fraco na estima. Porque já me levei tão a sério que me tornei ridículo. Porque já fui quem não sou para ganhar aceitação e obtive o mundo sem perdão para mim. Porque já confundi o amor com a paixão chorando pela posse e ri de alivio por não ter possuído. Porque já fui possuído para simples alívio e já me aliviei por não ter que possuir. Porque já dei de bandeja para não ser colhido e colhi de bandejas vazias o fruto que me era devido. Porque já encontrei o tempo devorando o espaço e o espaço a não caber no tempo e o tempo como porta para nada. Porque já vi anjos acusados de demónios e demónios passarem por anjos. Porque já vi diamantes sem brilho e brilho onde não existiam diamantes. Porque já encontrei glória no ouro e ouro sem glória. Porque já me sentei com a virtude crendo-a desvalida e validei o opróbrio por conta de inutilidades. Porque já voei parado e voando cheguei a lado nenhum e de lado nenhum, parando, cheguei a todo o lado. Porque já namorei a morte para reclamar a vida e vi chegar a existência por não ter banido a morte. Porque já juntei a fome com a vontade de comer e comi sem fome nem vontade de comer. Porque já tive poder não fazendo por tê-lo e já vi em pevas o poder que me basta ter. Porque já entreguei tudo por um pote de nada e dum pote de nada já extraí tudo. Porque já vi o dito pelo não dito e do não dito conclui o dito. Porque já não soube quando parar e parei por não saber andar. Porque já  amontoei seixos caiados de ouro que me cravaram de negro e carreguei negrumes que volveram ouro. Porque já tive rotinas com actividade e actividades sem rotina. Porque já levei ao colo irmãos que me deixaram cair e soltei outros que nunca me levantaram. Porque já me baralhei no sentido da miséria e descobri na miséria um rumo para a verdade. Porque já procurei a autenticidade no rosto da falsidade e encontrei a realidade debaixo da mentira. Porque já realizei que, para me encontrar, frequentemente tinha que me esquecer do que sabia. Porque já julguei saber descobrindo por fim nunca ter sabido mais do que nada. Porque já vi de olhos fechados e, perdendo-me, ceguei de olhos abertos. Porque já vi a luz escondida na treva e a treva disfarçada de luz. Porque seriam precisos outros tantos anos de vida para te conseguir dizer que sei que nasci para uma vida plena não porque o meu caminho sejam pétalas mas porque, quando me mostras o nariz empinado por nada mais saberes e teres do que algo de nada, em vez de me impressionares, constróis-me o sorriso...

PBC