segunda-feira, 26 de abril de 2010

Não digam a ninguém...



E não, não é anedota. Antes o fosse.

Só eu sei que o que começou por se manifestar como pensamento mais rápido do que a sombra da demência se transformou em dor.


Tudo começou num belo dia, naquele em que pela primeira vez me defrontei – e digo defrontei porque se tratou duma batalha de quase vida ou morte no manicómio - com as insígnias do então BBV; vulgo Banco Bilbao Viscaia. Esperto que sou, assim que passo os olhos pela dita de imediato penso: Bumbeiros Buluntário da Várzea.

E não é que daí em diante, essa parasitária nomenclatura se me colou à testa e, por se ter tornado tão insuportável associar uma ao outro que já tremia nas imediações daquela mescla de azuis dei por mim a evitar olhar para os passeios?, e só passados quase dois anos de martírio consegui por fim engendrar ferramentas para formatar o disco e banir com o suplicio. Quanto mais lutava com a inverosímil tragicomédia mais ela se manifestava no meu velocíssimo pensamento. Pois é, pois é, sorte é que nunca lá abri conta pois pelo andar da carruagem, em vez de Bumbeiros B. da Várzea ainda acabava os meus dias a tentar escapar à emenda do soneto, ou seja, não disparar de imediato um achincalhante Burro Bem Vestido, ou pioríssimo, Bolsos Bem Vazios. E se os bolsos estivessem vazios porquê que haveria de lá ir ? Alguém me diz?

É para verem esta mente e que, se acaso a coisa se prolongasse, aí é que pela certa me veriam desvairado e a correr por essas ruas afora de cabelos em pé e à procura de um vão de escada qualquer para me esconder deles. De quem? Dos marcianos disfarçados de árvore, ora.

Ah, a propósito; chiuu, não digam a ninguém; eles andam aí.

PBC

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