quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sei...

Sei que valerá sempre a pena auscultar os seixos de rubi que me tingem de perdição o ventre, e que mergulhar a ponta dos dedos na vertente húmida dos quereres maiores me erigirá a profundidade do olhar, já que resgato ao tempo o gemer dos ecos da ausência, se nas pregas do umbigo acumulo nascentes de éter precipitando o desagravo com que, como bola de magma, me aumentas o epicentro do sorriso alado onde me banho: gota de orvalho resplandecendo à cabeceira dos arcanjos…

Porque sei os porquês de na ponta da língua ter gravada a porta do Olimpo, esse jamais me completar no reflexo das asas das gárgulas sombrias que se insinuam no lado oculto das estrelas …

Do resto, somente te segredarei a rendição das salivas alagando os suspiros, a força das monções ecoando na eternidade do teu nome, em mim, o silente grito que me nasce no lugar das palavras, o urgente assalto dos desejos tórridos, a incomensurável delicadeza dos beijos geminados e a insaciável voragem dos querubins amando…

Se me chamam as galáxias onde em fiapos de luz te encontro… e não metafórico me elevo…

PBC

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